Etiquetas: Quem fala a verdade não janta cá hoje
Foi tornado público esta quarta-feira o relatório intercalar do incidente ocorrido 4 de Agosto com o Airbus A320 “Diáspora” da SATA.
Independentemente das questões técnicas relatadas pelos investigadores, o que o documento confirma, acima de tudo, é algo que já se suspeitava: a administração da SATA e o governo regional tentaram ocultar este incidente.
O incidente ocorreu a 4 de Agosto. Os danos estruturais no “Diáspora” foram detectados dois dias depois. Mas o GPIAA só “foi notificado do acidente (…) às 17:00 horas do dia 17 de Agosto de 2009”, refere o relatório.
Ora, a SATA estava legalmente obrigada a notificar o incidente ao GPIAA e ao INAC no prazo máximo de 48 horas. Não o fez.
E por que motivo é que a companhia comunicou o caso apenas a 17 de Agosto? A explicação é simples.
Porque foi nesse dia que a situação veio a público, através da Antena 1/Açores, embora os contornos do caso ainda não fossem claros.
Se o assunto nunca tivesse sido noticiado, a administração da SATA e o governo regional teriam ocultado o incidente da própria autoridade aeronáutica.
A lamentável tentativa de esconder o incidente prejudicou seriamente a confiança dos açorianos na SATA e o trabalho desenvolvido por muitas pessoas ao longo de décadas em prol da credibilidade da companhia.
A SATA é, provavelmente, a marca em que os açorianos mais acreditam e o seu prestígio foi abalado por pessoas irresponsáveis.
Um deles é o presidente do conselho de administração, António Gomes de Menezes, que faltou à verdade por mais que uma vez neste caso.
É lamentável que a SATA tenha um administrador faz-de-conta que demora 11 dias a notificar o incidente às autoridades, que começa por negar a existência de danos estruturais no avião e que chega a jurar a pés juntos que a notificação se fez a 7 de Agosto.
O outro é o secretário regional da Economia, Vasco Cordeiro, que foi cúmplice desta tentativa de ocultar o caso às autoridades.
Quando foi confrontado com a situação no parlamento, em Setembro, Vasco Cordeiro negou tudo e acusou, sem qualquer pudor, o PSD de irresponsabilidade. Agora, que a verdade é conhecida, vê-se quem é que é irresponsável.
O secretário regional da Economia tem que retirar as devidas consequências políticas deste caso.
É que com o nome da SATA não se brinca. E com a segurança das pessoas muito menos.
Em sessão solene, a Câmara Municipal do Funchal atribuiu a Medalha de Ouro da cidade ao Rei Don Juan Carlos, após o que os Chefes de Estado de Portugal e Espanha foram entronizados como membros da Confraria do Vinho da Madeira. O Presidente do Governo Regional da Madeira, Dr. Alberto João Jardim, ofereceu um banquete em honra do Casal Real na Quinta Vigia.
Sempre acompanhados pelo Presidente e pela Dr.ª Maria Cavaco Silva, os monarcas Don Juan Carlos e Dona Sofia visitaram a Igreja de Nossa Senhora do Monte, onde se encontra o túmulo do beato Carlos I de Habsburgo, Imperador da Áustria e primo do Rei de Espanha, o Cabo Girão, o Museu de Arte Sacra e a Sé do Funchal e, antes da partida, deslocaram-se a Porto Santo, ali tendo sido recebidos nos Paços do Concelho e visitado o Campo de Golfe que tem a assinatura do golfista espanhol Severiano Ballesteros.
En la construcción de la autopista SCUT de las Azores, los españoles de Ferrovial han destruído la maquinaria de una empresa de construcción local sin aviso prévio.
¿Y qué hace el gobierno de las Azores? Nada. Nuestra isla está en las manos de gobernantes y empresas sin verguenza.
Vários deputados do PS e um membro do governo regional insurgiram-se ontem - de forma insólita e em pleno hemiciclo - contra o post anterior.
A contestação fez-se em ruidosos apartes no momento em que um deputado da oposição estava no uso da palavra.
Embora continue estupefacto com este episódio, quero fazer um esclarecimento: o líder que "está de saída" que referi em título é Carlos César e não o presidente do grupo parlamentar do PS.
Não sei se a bancada socialista vai trocar de líder parlamentar. Nem quero saber. Aliás, estou-me perfeitamente borrifando para isso e para a tentativa infantil de condicionar a opinião do mero assessor de imprensa que sou.
O líder parlamentar do PS, Hélder Silva, acaba de queixar-se publicamente na Assembleia Legistiva dos Açores dos seus camaradas José Rego e Francisco César, por estes ainda não terem apresentado um relatório da comissão parlamentar de Economia.
Ana Paula Marques, secretária regional do Trabalho e Solidariedade Social, acaba de insinuar no parlamento que a culpa do problema das térmitas é dos governos do PSD.
Miguel Correia, secretário regional da Saúde, em declarações ao jornal à União, a 29 de Abril deste ano.
Os velhinhos La Frontera, referência da música espanhola dos anos 80, vão estar no Cais de Agosto. O vídeo também pode ser visto aqui.
José Contente escolheu o mês de Junho para criar factos políticos que só existem na sua cabeça.
Hoje, em entrevista ao Expresso das Nove, o governante socialista defendeu uma eventual recandidatura de Carlos César, que o nosso Estatuto não permite.
José Contente, em campanha há vários meses para suceder a César, quis com estas afirmações marcar terreno numa luta que se antevê fratricida.
Mas o facto político que tentou criar mais não é que a confissão das enormes dificuldades que o PS/Açores vai ter para encontrar uma personalidade capaz de enfrentar Berta Cabral.
Isto significa que José Contente e todos os socialistas que sonham com a recandidatura impossível de Carlos César já atiraram a toalha ao chão, como se diz na gíria futebolística.
Mas este episódio, apesar de caricato, nada tem de mal. É apenas o medo do vazio a vir ao de cima.
O que é muito grave foi o que passou no passado dia 12 de Junho. O serviço de propaganda do governo regional fez sair uma nota de imprensa com supostas declarações de José Contente na homenagem póstuma ao Padre Fernando Vieira Gomes.
Só que nenhum dos presentes ouviu qualquer intervenção do governante na cerimónia. É vergonhoso.
Vale tudo na luta pela sucessão. E este foi só o começo. Contente deu o tiro de partida. Os seus adversários internos prometem não lhe ficar atrás nos truques.
A luta pela sucessão vai resultar na secessão das diferentes facções do PS/Açores.
Esta atitude lamentável do ministro Gago, durante uma visita ao Faial, também pode ser vista aqui.
“O PS/Açores não está, neste momento, a defender que se institua o voto obrigatório (..)”
Excerto de um comunicado da Comissão Permanente do PS/Açores.