quinta-feira, maio 14, 2009
O frenesim da blogosfera e a realidade

Acompanho os trabalhos da Assembleia Legislativa dos Açores desde Novembro de 2000. Quer como jornalista, quer como assessor de imprensa, assisti a vários debates em que as bancadas do público estavam preenchidas. Pescadores, sinistrados do sismo de 1998, professores ou funcionários de IPSS são alguns dos grupos que vi ali sentados a assistir a discussões que lhes diziam respeito.

Ontem e hoje debateu-se a proposta de legalização da sorte de varas, que acabou por ser chumbada. E quem estava na bancada do público a assistir? Um representante da Tertúlia Tauromáquica Terceirense e a esposa de um membro do governo (que não se encontrava ali a defender qualquer posição). Mais ninguém.

Na rua o cenário era idêntico. Não havia manifestações nem palavras de ordem.

Tudo isto contrasta com o frenesim e alguma histeria em torno deste assunto que marcaram a blogosfera açoriana nas últimas semanas.

Afinal, a sorte de varas não é, nem nunca foi, um assunto central da vida dos açorianos. A maioria das pessoas não quis saber disto para nada. Aliás, nas ilhas sem tradição tauromáquica a maior parte dos cidadãos nem sequer tem bem a noção do que são touradas picadas.

A blogosfera açoriana não é um reflexo da realidade das nossas ilhas. É apenas uma pequena amostra. Logo, não tem o papel que se lhe quer conferir na vitória do "Não" à sorte de varas.

A influência da blogosfera nesta matéria foi residual. Ou seja, próxima do zero. O resultado foi decidido, sobretudo, graças às manobras de bastidores nos passos perdidos do parlamento - algumas legítimas, outras nem por isso.

Adoro este mundo dos blogues. A paixão pode ter-se desvanecido, mas o amor permanece. Apesar de serem cada vez menos os que ignoram os blogues, digo sempre às pessoas com quem trabalho e que desconhecem este meio que nunca devem ignorar a blogosfera.

Para aqueles que decidem, todas as opiniões válidas contam. Mas também faço questão de sublinhar que dezenas de opiniões, lidas diariamente por algumas centenas (não mais do que isso) de pessoas, estão muito longe de representar a nossa sociedade, não devendo ser sobrevalorizadas.

É fantástico que cada vez mais açorianos, graças a uma ferramenta de publicação extremamente simples, exprimam as suas opiniões, constribuindo para o debate democrático.

Mas convém ter a humildade suficiente para se perceber que a influência da nossa blogosfera, apesar de ter vindo claramente a aumentar ao longo dos anos, ainda é muito escassa.

Este post, embora construtivo, não pretende ser simpático. É uma sincera chamada de atenção a quem anda pela blogosfera.

Desenganem-se aqueles que julgam que foi a pressão vinda dos blogues que deu a vitória ao "Não" à sorte de varas. Desçam das nuvens e voltem a ter os pés bem assentes no chão.

Caso contrário, arriscam-se a ficar a falar em circuito fechado.

 
Postado por Rui Lucas em 5/14/2009 |


21 Comments:


  • 14 maio, 2009 23:22, Blogger Tibério Dinis

    Concordo na generalidade. Aliás, a pressão da blogosfera foi isso mesmo mais uma pressão, sempre escrevi que era mais um factor a ser levado em conta com as petições, os e-mails, a indiferença e a contestação dos açorianos. Mas, conseguiu fazer aquilo que o "não" não fez, chegar às nove ilhas e dinamizar a opinião, arrastando apoiantes.

    Ninguém cantou vitória. Pelo menos até agora ninguém gritou vitória nos blogues, sabemos que não é uma vitória só nossa, mas contribuimos para isso. A blogosfera soube intervir e perceber o espaço que lhe era reservado, mas deu um grande passo, a maioria dos blogues aumentou as visitas e eu registei uma enorme afluência via google em busca de informação sobre a Sorte de Varas - as pessoas podiam não estar na rua, mas em casa procuravam informação.

    O que devemos retirar deste frenesim, não é o poder ou não poder que a blogosfera teve no "não", mas sim o príncipio de intervenção cívica subjacente e que deve permanecer além da questão da Sorte de Varas, em todas as questões que nos chocam.

    Um ponto que não focas é que a liberdade de voto na ALRA também contribuiu para outra liberdade dos bloggers em expressar a sua opinião, este frenesim espelha o frenesim da ALRA. Podiamos estar a falar de Sorte de Varas com disciplina de voto e garanto-te que não haveria este frenesim.

    A blogosfera é um dos melhores meios de quem tem o poder decisório perceber o que pensam os eleitores, é de fácil acesso e nestas nove ilhas, consegue-se algo que antes era conseguido apenas pela rádio e televisão - reunir em tempo útil opiniões das Flores ao Corvo e junta-las. Na nossa dispersão geográfica isto assume grande importância.

    Houve muitas frases ou opiniões menos conseguidas, mas não tenho a mínima dúvida que a blogosfera esteve inferior ao triste debate que assistimos.

    Gostava de saber se a ALRA tem dados sobre as ligações em audio e vídeo, deve-se ter batido o record.

    Haja Saúde

     
  • 14 maio, 2009 23:59, Anonymous Anónimo

    Caro Rui
    Um blogger é um cidadão como qualquer outro. As manifs é que já não são o que eram. Nem tanto ao mar nem tanto à terra...não creio no "autismo" da Assembleia à "rua" e ao que se diz por aí na "net". Não é decisivo pois não ! Caso contrário uma proposta deste calibre nem sequer subia a plenário. O Povo ficou com a ideia que andou a pagar para que os Senhores Deputados durante 2 ou 3 dias estivessem a discutir um assunto que em nada bulia com a vida de quem trabalha. O resto é small talk !
    JNAS

     
  • 15 maio, 2009 00:15, Blogger Rui Lucas

    Meu caro, concordo com parte substancial do comentário. Mas há, de facto, quem julgue que esta vitória é da blogosfera.

    Uns dizem-no abertamente, outros insinuam. Enfim, cada um é livre de ter as ilusões que quer.

    E ainda temos aqueles, como tu, que, na mesma frase, negam cantar vitória e a reivindicam.

    "Ninguém cantou vitória. Pelo menos até agora ninguém gritou vitória nos blogues, sabemos que não é uma vitória só nossa". Em que ficamos? :)

    Aquilo que escrevi deve-se à minha participação na blogosfera desde Novembro de 2005 e à sua observação a partir de 2004.

    Já tive as minhas ilusões como blogger. Como jornalista também me iludi algumas vezes.

    Não foquei a liberdade de voto porque não teve qualquer influência no frenesim gerado na blogosfera. Quando muito, a disciplina de voto apenas afastaria desta discussão os bloggers partidariamente alinhados. E, que eu saiba, a maioria dos intervenientes era apartidária.

    Para terminar, acrescento apenas mais uma ideia ao que disse no post: houve muita mobilização, algum ruído e pouco debate. Muito pouco.

    Abraço

     
  • 15 maio, 2009 00:25, Blogger Fiat Lux

    "A blogosfera açoriana não é um reflexo da realidade das nossas ilhas".

    É claro que não.
    Mas não me parece que isso seja grave.

    Grave é a Assembleia Legislativa Regional dos Açores não ser o reflexo da realidade das nossas ilhas.

    Como ficou demonstrado nesta palhaçada.
    É óbvio que o "Não" ganhou não porque os deputados estivessem preocupados em respeitar o sentimento do povo que os elegeu, mas porque estavam preocupados em respeitar o sentimento do líder.
    Pelo menos no PS acredito que foi o que se passou.
    Como alguém disse, os deputados ficaram baralhados. Não estão habituados a pensar pelas suas cabeças.

    Este é o cerne da questão.
    O resto são opiniões.
    Cada um tem a sua.
    E ninguém tem sempre a razão toda.

    Como diz o Tibério, ninguém cantou vitória.
    Houve apenas um amargo sentimento de alívio.
    A palhaçada foi tão grande,o enxovalho na Assembleia de tal ordem, que ninguém de bom senso pode ficar-se a rir depois deste triste espectáculo.

    Só uma dúvida.
    Conheces deputados que não leiam os blogs?
    E se os lêem ficam indiferentes?
    Ligam aos jornais e não aos blogs, é isso?
    Se é assim é estranho.E pouco inteligente até.
    Acho que há blogs com mais "audiência" que alguns jornais obde há artigos que também não são lidos.
    Se eu estivesse no teu lugar insistia para que os deputados dessem cada vez mais atenção aos blogs.
    Mas tu saberás certamente o que fazer.
    Não quero acreditar que a tua visão redutora do papel dos blogs se deve ao facto do teu blog ter quase desaparecido do mapa.

     
  • 15 maio, 2009 00:29, Blogger Rui Lucas

    Caro JNAS,

    Nunca falei de "autismo" da Assembleia em relação à blogosfera.

    Há políticos que têm em consideração o que nela se diz, outros que a ignoram e ainda há aqueles que a sobrevalorizam.

    É importante estar atento aos sinais que vêm da blogosfera, mas sem deixar que condicionem quem tem de decidir.

     
  • 15 maio, 2009 00:29, Blogger Tibério Dinis

    Rui,

    a vitória não é da blogosfera, mas havendo uma vitória, esta é de todos os que se mobilizaram - da blogosfera, dos e-mails, das petições, das movimentações de corredor até, de uma ausência, dos que sendo contra falaram com os deputados etc. Afinal, contribuimos pelo menos numa milésima para isso.

    Quanto ao debate é verdade, houve mais reacção, em muito porque esperou-se até à última. Os proponentes nunca vieram a público explicar a proposta. P.e. numa proposta de um partido, está é divulgada e explicada. Isso não aconteceu, os deputados não souberam trabalhar com a liberdade de voto, não montaram estratégia. E os ocs também não souberam lidar com a liberdade de voto e na forma como promover o debate. Eu próprio não explorei a liberdade de voto.
    É que na ausência da estrutura partidária, cai toda uma máquina de divulgação e explicação das propostas.

    Haja Saúde

     
  • 15 maio, 2009 00:32, Anonymous Legoman

    Caro Rui Lucas,
    permita-me que discorde do seu ponto de vista. Claro que tem razão quando se refere à falta de movimentação popular para contestações que mostrem a voz dos cidadãos. Contudo, não é à toa que os deputados, seja os regionais ou os nacionais, não dispensam estar informados sobre o que se passa e se diz na blogosfera.
    Claro que a exposição, o grito, a mediatização dos assuntos é menor. Mas não deixa de ter rosto nem expressão.
    A importência da influência da internet foi tal neste caso que, a dada altura tinhamos um vasto leque de pessoas, com o Chiquinho César incluido a twittar sobre o assunto.

    Pode não matar, mas amolenta.

    Cumps

     
  • 15 maio, 2009 00:32, Anonymous Anónimo

    Nesta, como noutras matérias, o peso de putativos "opinion makers" ( seja nos blogs, seja no Açoriano Oriental ou no Diário Insular )é matéria que não é sindicável na Assembleia, no Governo, nas Câmaras, nos Partidos com as suas Comissões Políticas...and so on ! Por esse caminho resta-nos suspender sine die a Democracia com o pecado original da Liberdade de Expressão ! Apre...e tu bem sabes o que custa ter uma opinião nestas Ilhas !!!
    JNAS

     
  • 15 maio, 2009 00:39, Blogger JNAS

    Nesta, como noutras matérias, o peso de putativos "opinion makers" ( seja nos blogs, seja no Açoriano Oriental ou no Diário Insular )é matéria que não é sindicável na Assembleia, no Governo, nas Câmaras, nos Partidos com as suas Comissões Políticas...and so on ! Por esse caminho resta-nos suspender sine die a Democracia com o pecado original da Liberdade de Expressão ! Apre...e tu bem sabes o que custa ter uma opinião nestas Ilhas !!!
    JNAS

     
  • 15 maio, 2009 01:14, Blogger A ilha dentro de mim

    O mesmo se pode dizer da imprensa. Tal como a blogosfera, os jornais açorianos são lidos por uma ínfima parte dos residentes nas ilhas, e no entanto isso não lhe tira valor. A sua pressão não decide, mas pode esclarecer as mentes dos cidadão e influenciar resultados, porque é nela que se alimenta uma boa parte dos decisores, sobretudo os que mais preocupados estão com o impacto das medidas na opinião pública.

    Sou jornalista há mais de uma década e blogger desde 2004, e também a mim a experiência (dentro e fora da região) já roubou quase todas as ilusões. Sei que foi nos passos perdidos e nos corredores de hotel que tudo se decidiu (e nem sempre a bem...). Mas também sei que não foi por acaso que os deputados andaram pela blogosfera e passaram metade do debate a falar dos emails e das imagens que os visavam.

    Se houve uma coisa que este movimento provou foi que se todos se mexerem em conjunto, alguma coisa pode mudar. Ainda que não seja o suficiente, é um começo. Ficarmos todos impávidos e serenos, sem participar, sem opinar, sem reclamar, sem ajudar, é que não vai mudar nada com certeza.

    Saudações do Tejo,
    LB

     
  • 15 maio, 2009 01:32, Blogger Rui Lucas

    Caro Legoman, limitei-me a escrever que a influência da blogosfera ainda é escassa, embora tenha vindo a aumentar ao longo dos anos. Desde quando é que isso é dizer que a blogosfera não tem expressão?

    No entanto, ter expressão é diferente de influenciar decisivamente ou representar o pensamento de um povo - como muitos estão convencidos que aconteceu com esta história da sorte de varas.

    Mas uma coisa é certa: um dia a blogosfera - ou outro coisa qualquer que use a Internet como meio - vai ter esse poder.

    Caro Fiat Lux:

    Vou apenas focar a parte final do teu comentário, já que admites que tenho razão no que escrevi sobre o papel da blogosfera neste debate da sorte de varas.

    Relativamente à relação dos políticos com os blogues deves ter percebido pouco do que escrevi.

    Mostras-te chocado por que há deputados que não lêem blogues? Efectivamente existem, e de todos os quadrantes políticos. Não vejo qual é o escândalo.

    Eu não uso o Twitter nem tenho conta no Facebook. Não prejudica minimamente o meu trabalho ou a minha vida. Além disso, aqueles que não seguem os blogues são sempre informados sempre que se justifique.

    Se estivesses no meu lugar não farias mais do que faço: "digo sempre às pessoas com quem trabalho e que desconhecem este meio que nunca devem ignorar a blogosfera". Convém não ler posts na diagonal.

    Já os políticos que acompanham a blogosfera fazem o que qualquer um de nós faz: triagem. Separam o trigo do joio. Ou é tudo importante e maravilhoso na blogosfera?

    Em suma, tenho uma visão realista e não redutora da blogosfera.

    E não estou nada preocupado que o nosso blogue tenha "quase desaparecido do mapa". Se tal aconteceu não foi porque os posts se tornaram desinteressantes. Deixámos simplesmente de escrever, pois demos prioridade à nossa vida profissional e pessoal. Mas continuamos muito atentos à blogosfera.

    E registo, com agrado, que bastaram dois dias com "pica" de postar para que o blogue "quase desaparecido do mapa" registasse um inesperado aumento nas visitas e comentários.

    Afinal, o tipo ainda mexe. :)

    Além disso, o facto dos autores darem a cara também ajuda.

     
  • 15 maio, 2009 01:44, Blogger Rui Lucas

    Cara Lídia, concordo inteiramente com o seu comentário.

    Gostaria de acrescentar mais algumas ideias ao que disse, mas não quero perder o avião para São Miguel daqui a umas horas. :)

    Cumprimentos

     
  • 15 maio, 2009 16:04, Blogger Rui Rebelo Gamboa

    Rui Lucas,

    Repito aqui o que lhe disse no meu blogue:

    O cruzamento não deve ser feito entre a população em geral e a média dos blogues mais vistos. Deve ser feito entre o número de deputados, políticos e afins e a média de visitas que têm os blogues. A diferença, como compreenderá, é enorme. Enquanto por um lado estamos a falar de 250 mil hab. para uma média de, talvez, 400 visitas. Por outro lado estamos falar das mesmas 400 visitas para um universo de quê? 100, 150 pessoas?

    No caso da SOrte de Varas, o facto de todos ou quase todos os deputados terem visto os argumentos e aquilo que foi escrito na blogosfera poderá ter contribuído, ou não, para a sua opinião. Eu acredito que sim.

     
  • 15 maio, 2009 16:25, Blogger Rui Lucas

    Caro Rui, por alguma razão escrevi que a influência não é facilmente mensurável.

    Na ilha de São Miguel, por exemplo, a rádio Horizonte é mais ouvida que a RDP, mas não tem a influência desta última.

    Não se pode é concluir que um movimento de algumas dezenas de bloggers contra a sorte de varas foi decisivo para o desfecho final.

    Até porque a larga maioria dos intervenientes pouco mais fez, e apenas nos últimos dias, do que afirmar que era contra aquela prática.

    O único que vi apresentar argumentos dignos desse nome foi o Tibério. Ele agiu, os outros reagiram.

     
  • 15 maio, 2009 19:12, Anonymous mb|Weblog

    Bom post, gostei.

     
  • 15 maio, 2009 20:35, Blogger Carlos Faria

    não sei se a blogosfera alterou de facto algum sentido de voto, mas que pesou e condicionou os indecisos, penso que sim.
    Tal como a Rádio Horizonte é mais ouvida que a RDP e esta tem maior influência. Também me parece que devido aos estratos sociais e áreas de acção dos envolvidos na blogosfera açoriana, mesmo como mero visitantes, a sua influência relativa em termos sociopolíticos é maior que a sua representatividade no número de açorianos em geral... e eu bem sei o mal estar que criou a alguns deputados verem os seus apoiantes públicos a assumirem posições totalmente contra na blogosfera.

     
  • 16 maio, 2009 06:06, Anonymous Anónimo

    Concordo completamente com o JNAS!
    Um abraço
    Miguel Decq Motta

     
  • 17 maio, 2009 11:55, Anonymous Anónimo

    Concordo quando diz que este assunto não é central na vida dos açorianos. Daí alguns deputados e deputadas terem referido a estranheza deste assunto vir a discussão no meio duma crise em todos os quadrantes. Quanto ao facto das pessoas "não quererem saber disto para nada", já não sei. Geralmente essas pessoas têm uma opinião quando são confrontadas com o que realmente é a sorte de varas. E geralmente são contra, nos Açores. Mais grave seria a Sorte de Varas ser aprovada sem muita gente sequer saber o que ela significa, o que esteve para acontecer. Quanto aos blogs, vejo-os como um reflexo da sociedade, independentemente da sua influência real. São um reflexo da opinião publica.

     
  • 17 maio, 2009 19:56, Anonymous Anónimo

    Excelente blog com grandes comentarios e respeito pelas opinioes.

     
  • 18 maio, 2009 15:09, Anonymous soniabatista21@hotmail.com

    Gostei muito do vosso blog... n tinha conhecimento, é muito bom debater sobre os problemas nas ilhas açorianas.
    Fiquei muito contente por rever Mário Lopes, foi meu prof e amigo na ilha de Sta Maria. Um muito obrigada a todos e parabens pelo blog.

    Sónia Batista

     
  • 23 junho, 2009 16:19, Anonymous K2ou3

    Esta porra já abriu falencia?.
    Quando a gerencia é fraca, é assim.
    Agora recorra-se ao subsidio.