Caro Tibério, com o devido respeito, mas as suas considerações sobre o Atlântida são ridículas.
Se o navio não corresponde ao que foi encomendado, o governo regional só tem uma decisão a tomar: rescindir o contrato.
Mas já vi que o Tibério prefere que a Região continue a enterrar milhões num navio que não cumpre os requisitos do caderno de encargos.
Ou seja, o que interessa é ter o navio nos nossos mares em Maio, mesmo que este seja mau, tenha um tempo de vida útil curto - indo depois para a sucata- e não se possa rentabilizar no Inverno.
Claro que se fosse o Tibério a pagar a conta não se limitava a culpar os estaleiros de Viana do Castelo.
Meu caro, imagine que encomendava um computador topo de gama, indicando à empresa todos os componentes que pretendia para a máquina.
Durante a montagem do computador, a empresa dizia-lhe, entre outras coisas, que a placa gráfica instalada já tinha dois anos e que a capacidade do disco rígido era de apenas 80 GB, apesar de você ter pedido um de 250 GB.
Pela mesma ordem de ideias, o Tibério limitava-se a barafustar com a incompetência da empresa, mas pagava a factura, levando o computador para casa.
Ridículo, não é?
Caro Rui Lucas,
compreendo, no seu caso primeiro passava um atestado de incompetência à ao vendedor do pc, no caso do Atlântida ainda ninguém disse com todas as letras no espectro político que os estaleiros são incompetentes.
Quanto a ficar com o pc ou não, depende do que está no contrato eu não sei e afirmei-o desde o ínicio. O problema é que se falha o Atlântida ficamos mais um ano com um transporte de passageiros insuficiente e mediocre. No seu acaso análogo do PC, se eu não tiver alternativa em comprar outro e precisar urgentemente do pc, ficaria com ele, mas claro que não pagava o preço estipulado para a 1ª máquina.
Acho que deve-se até à última perceber se o Atlântida tem condições para ser rentável e seguro a longo prazo, se for, com o devido abatimento no preço fica-se com ele, porque se falha o Atlântida é mais um ano sem transportes marítimos eficientes.
O que o GR devia fazer é começar a procurar uma alternativa ao Atlântida caso no fim do mês ele não tenha as condições exigidas e ai rescinde o contrato. O problema é que ninguém sabe até que ponto o Atlântida é capaz, na notícia que refiro ninguém se preocupou a perguntar afinal que velocidade é que atingiu. Ficou-se nos 16 nós ou nem chegou aos 12.
O problema é que alternativas temos, e não há nenhumas, mesmo a oposição farta-se de mandar a baixo mas não mostra uma alternativa. Agora o Atlântida é a única alternativa que temos, até ao último momento temos que esperar para que tenha as condições exidas, se não tiver rescinde-se.
Não vejo é ninguém preocupado a estudar uma alternativa caso o Atlântida falhar.
Haja Saúde