quinta-feira, março 12, 2009
Cair no ridículo

Caro Tibério, com o devido respeito, mas as suas considerações sobre o Atlântida são ridículas.

Se o navio não corresponde ao que foi encomendado, o governo regional só tem uma decisão a tomar: rescindir o contrato.

Mas já vi que o Tibério prefere que a Região continue a enterrar milhões num navio que não cumpre os requisitos do caderno de encargos.

Ou seja, o que interessa é ter o navio nos nossos mares em Maio, mesmo que este seja mau, tenha um tempo de vida útil curto - indo depois para a sucata- e não se possa rentabilizar no Inverno.

Claro que se fosse o Tibério a pagar a conta não se limitava a culpar os estaleiros de Viana do Castelo.

Meu caro, imagine que encomendava um computador topo de gama, indicando à empresa todos os componentes que pretendia para a máquina.

Durante a montagem do computador, a empresa dizia-lhe, entre outras coisas, que a placa gráfica instalada já tinha dois anos e que a capacidade do disco rígido era de apenas 80 GB, apesar de você ter pedido um de 250 GB.

Pela mesma ordem de ideias, o Tibério limitava-se a barafustar com a incompetência da empresa, mas pagava a factura, levando o computador para casa.

Ridículo, não é?

 
Postado por Rui Lucas em 3/12/2009 |


6 Comments:


  • 12 março, 2009 14:37, Blogger Tibério Dinis

    Caro Rui Lucas,

    compreendo, no seu caso primeiro passava um atestado de incompetência à ao vendedor do pc, no caso do Atlântida ainda ninguém disse com todas as letras no espectro político que os estaleiros são incompetentes.

    Quanto a ficar com o pc ou não, depende do que está no contrato eu não sei e afirmei-o desde o ínicio. O problema é que se falha o Atlântida ficamos mais um ano com um transporte de passageiros insuficiente e mediocre. No seu acaso análogo do PC, se eu não tiver alternativa em comprar outro e precisar urgentemente do pc, ficaria com ele, mas claro que não pagava o preço estipulado para a 1ª máquina.

    Acho que deve-se até à última perceber se o Atlântida tem condições para ser rentável e seguro a longo prazo, se for, com o devido abatimento no preço fica-se com ele, porque se falha o Atlântida é mais um ano sem transportes marítimos eficientes.

    O que o GR devia fazer é começar a procurar uma alternativa ao Atlântida caso no fim do mês ele não tenha as condições exigidas e ai rescinde o contrato. O problema é que ninguém sabe até que ponto o Atlântida é capaz, na notícia que refiro ninguém se preocupou a perguntar afinal que velocidade é que atingiu. Ficou-se nos 16 nós ou nem chegou aos 12.

    O problema é que alternativas temos, e não há nenhumas, mesmo a oposição farta-se de mandar a baixo mas não mostra uma alternativa. Agora o Atlântida é a única alternativa que temos, até ao último momento temos que esperar para que tenha as condições exidas, se não tiver rescinde-se.

    Não vejo é ninguém preocupado a estudar uma alternativa caso o Atlântida falhar.

    Haja Saúde

     
  • 12 março, 2009 14:38, Blogger Tibério Dinis

    Só uma adenda, também não percebo como a RTP/Açores nunca fez uma verdadeira reportagem de investigação. Para se perceber afinal que limitações tem o Atlântida, p.e. qual foi a velocidade que atingiu nos testes de mar? Ninguém se lembrou de perguntar?

     
  • 12 março, 2009 20:02, Blogger DonVoxx

    Esta história dos navios já dá vómitos e provoca enxaquecas. Por favor não batam mais no ceguinho já todos sabemos que têm razão. Vão ter com o Comandante e (entre portas) resolvam a questão uma vez por todas. Tá bem?

     
  • 12 março, 2009 22:00, Anonymous Anónimo

    Não se fala do que não se sabe... que mania!

     
  • 13 março, 2009 01:25, Blogger Tiago R.

    Caro Tibério:

    essas soluções alternativas já podiam ter sido contratadas há mais tempo, a melhor preço, não fosse a teimosia do Governo Regional, contra toda a racionalidade e bom senso!

     
  • 25 abril, 2009 14:16, Anonymous Santa Paciência

    Depois de ter viajado no final de Agosto passado entre as ilhas do grupo Central, constatei quão deficiente era o serviço de transporte marítimo nos Açores... não ponho em causa a qualidade dos navios mais pequenos, que me pareceram rápidos e eficazes, mas questiono os horários que impõe a passagem de dois navios no mesmo dia na mesma carreira e deixa esse mesmo porto dois dias em branco, impedindo uma real fluidez no trânsito de passageiros. Para além disso, é de notar o apoio deficitário a quem desembarca em cada ilha por parte dos postos de Turismo ( abertos em horário de serviço público... ) e até a impreparação por parte das próprias agencias de turismo que que vendem as passagens é estarrecedora. Por vezes as informações tem que ser retiradas a ferros! Viajar nos Açores de barco, é um pequeno inferno, não pelos navios que fazem o transporte, mas pela incapacidade de gerir os meios existentes.
    Um navio como o Atlântida é um tiro no pé desde que alguém teve a peregrina ideia de encomendar um navio daquele calado! Felizmente que a divina providência iluminou os estaleiros de Viana no sentido de fazerem um mau trabalho, dando tempo a que quem encomendou se arrependa da asneira...