errado...
o amarelo do quaresma não se justifica (mais uma vez o burro que leva porrada mal toca numa das "meninas" do meio campo leonina é castigado); no pedro emanuel, sim, justificava-se, como também o segundo amarelo ao derlei no final do encontro.
Pedro "Benfica" Proença bem tentou mas não conseguiu; ainda tou para perceber como ele teve tanta frieza e sentido de responsabilidade para assinalar o livre indirecto que depois dá o golo do FC Porto!!!! No mínimo, estranho, não, depois da sua habilidosa actuação (vejam, com olhos de ver, como as mesmas faltas eram [ou não] assinaladas pelo árbitro).
Mas sim, foi justo o triunfo dos campeões nacionais
Salvo raras excepções, no futebol português joga-se devagar e devagarinho. Basta acompanhar os jogos da Liga Inglesa - e não é preciso ver os jogos dos candidatos ao título, basta aqueles entre os que lutam pela Europa e os que lutam por não descer de divisão - e comparar o ritmo de jogo com qualquer jogo que se realize em Portugal. Em Inglaterra podem não adornar tão bem a bola, mas a verdade é que as equipas correm mais e os jogos têm mais tempo útil.
Nesta matéria, também é tempo de repartir responsabilidades. A culpa não é apenas dos treinadores que trabalham em Portugal, nem da cultura que vigora nos clubes. É tempo também de responsabilizar a comunicação social. No "Diário de Notícias" de sábado, num trabalho jornalístico de antevisão do FC Porto-Sporting, o destaque vai para o cansaço dos jogadores. E o campeonato só agora está a começar...
O título do grande trabalho de duas páginas remete logo o leitor para a "A importância dos minutos". Importância dos minutos? Sim, o problema de Paulo Bento e Jesualdo Ferreira, diz o DN, estará nos "minutos a mais" dos jogadores que a meio da semana representaram as respectivas selecções nacionais. Mas a cereja em cima do bolo está num pequeno destaque a informar-nos: "Dragão mais cansado". Mas porquê? É simples: como o Sporting abriu o campeonato jogando sexta-feira e o FC Porto jogou no sábado, já lá vão oito dias, então, conclui o DN, no clássico deste domingo, a equipa portista estará mais cansada. Isto é capaz de ter uma explicação: é de admitir que os jornalistas do DN andem a ler muitos livros e nunca tenham jogado à bola.