"Por intervenção directa do primeiro-ministro José Sócrates junto de Carlos César, presidente do Governo Regional dos Açores, dono da SATA, a companhia acordou em preencher o vazio [na rota Madeira-Porto Santo], mediante condições que foram então acordadas. No pressuposto da decisão do executivo açoriano foi colocada desde logo a condição de que a operação não implicaria qualquer défice para a SATA. Até hoje - volvidos seis meses - nunca foi formalizado o acordo, entretanto renegociado, também numa base verbal, desde o início deste mês. Acontece que há poucos dias o INAC terá comunicado à SATA que o Governo de Lisboa só deverá pagar as indemnizações devidas pelos subsídios aos bilhetes de residentes, o que não corresponde ao que foi acordado."
Ficamos agora a saber, por esta notícia do DN Madeira (acessível através de registo gratuito), que a SATA deslocou um avião ATP para aquele arquipélago só porque César resolveu fazer um favorzinho ao camarada Sócrates. Qual rentabilizar o aparelho no Inverno, qual quê! E graças a este "jeitinho" partidário prejudicou-se os açorianos. Só aqueles que não viajam entre as nossas ilhas é que têm o descaramento de dizer que ninguém saiu prejudicado. Viu-se bem a falta que o avião fez sempre que foi preciso regularizar voos, na sequência de cancelamentos causados pelo mau tempo.
Mas como um mal nunca vem só, também as contas da SATA foram afectadas pelos favores socialistas, visto que o governo de Lisboa ainda não pagou à companhia aérea açoriana. É no que dá fazer acordos "numa base verbal".
Rui Lucas:
Aceito que é de bom tom e eticamente correcto colocar a fonte da notícia contudo, colocar um link que não leva a lado nenhum excepto à secção de pagantes...
Quanto à Chata, nada de novo. Sempre foi habitual tratar mal aqueles que a financiam, como diria o Nuno Barata, com o dinheiro dos nossos impostos.
jocaferro