segunda-feira, maio 21, 2007
o vazio
as televisões portuguesas dedicaram, entre 7 e 13 de Maio, um total de 16 (dezasseis) horas e 39 minutos de emissão ao desaparecimento de uma menor inglesa no Algarve. O segundo "assunto" com mais tempo de emissão foram as iniciativas do Presidente da República com uma hora e quatro minutos. ou seja, uma diferença de 15 (quinze) horas de emissão.
isto para um rol imenso de directos onde os jornalistas confessavam que não havia nada para dizer, reportagens sobre os jornalistas que iam embora
tudo isto para chegar a tristes conclusões: não foi transmitida praticamente nenhuma informação de utilidade, os jornalistas ingleses pagavam a colaboradores por três dias de trabalho o mesmo que a maioria dos jornalistas portugueses recebe num mês e a generalidade do tom das reportagens lusas dá vontade de de pintar a cara de preto.
Ainda agora acabei de ver uma peça em que a jornalista explicava as suspeitas em torno do facto de uma empresa ter por designação as primeiras sílabas dos nomes dos três sócios!!!

 
Postado por nuno mendes em 5/21/2007 |


6 Comments:


  • 22 maio, 2007 10:33, Blogger Philomela

    Naturalmente! Com a cambada de acéfalos que sai das cursos de Comunicação Social esperam o quê? E já vamos com sorte por saberem escrever o nome... Põe-se umas criaturas a dourar a pílula, imaginando-se no Jornal Nacional e acabam por inquinar toda uma classe. E afinal quem é que lhes passa os diplomas? A Independente??!!

     
  • 22 maio, 2007 17:38, Anonymous Anónimo

    A culpa não é dos jornalistas, oh ignorante. Chamam-se chefes de redacção

     
  • 22 maio, 2007 18:02, Anonymous Anónimo

    e os jornalistas fazem o que lhes é pedido, não o que lhes é ensinado nas faculdades.

     
  • 23 maio, 2007 02:28, Blogger Philomela

    ...ui! Infelizmente estou a par do que ensinam em muitas faculdades... e também conheço muitos profissionais da área... E não posso afirmar que sejam grandes conhecedores da língua ou sejam particularmente competentes... É pena, mas existem de facto muitos maus jornalistas, gente , diga-se, pouco... dotada, aliás, ignorantes!!! Ainda nos vão safando os bons... A ignorância é muito feia, mas consegue ser aberrante em quem gere a informação. Será que se trata de um mal geracional ou simplesmente os estúpidos subiram ao poder?

     
  • 23 maio, 2007 10:01, Blogger JAJ

    Espero para ver o comentário de Nuno Mendes aos telejornais da RTP/A e à sua linha editorial ao serviço do GRande Lider.

     
  • 23 maio, 2007 14:14, Anonymous Anónimo

    O Sindicato dos Jornalistas (SJ) decidiu apresentar um pré-aviso de greve para 30 de Maio, para "permitir a cada Redacção e a cada jornalista encontrarem o modo de expressar o seu apoio à jornada de luta" convocada para o mesmo dia pela CGTP-In. A decisão, após consulta ao Conselho de Delegados Sindicais, teve o voto favorável do Conselho Geral do SJ, reunido a 21 de Maio, em Lisboa.
    Na proposta de resolução apresentada ao Conselho Geral, a Direcção do SJ sublinha o carácter independente da organização sindical dos jornalistas, os inúmeros problemas que afectam a classe e o seu dever de, face à convocação de uma greve geral, "respeitar o direito dos jornalistas de agirem - individual ou colectivamente - de acordo com as suas convicções, bem como de criar condições para que cada um possa fazê-lo sem constrangimentos".

    É o seguinte o texto, na íntegra, da Resolução do SJ:

    Resolução

    Os jornalistas e a Greve Geral de 30 de Maio

    1. O Sindicato dos Jornalistas é uma organização independente que luta pela defesa dos direitos e interesses dos seus membros e dos jornalistas em geral, enquanto profissionais de informação, trabalhadores e cidadãos.

    2. Organização livremente constituída por homens e mulheres que prezam os valores da liberdade e da pluralidade de opiniões e respeitam as opções e as convicções individuais dos jornalistas, e especialmente entre os seus membros, o SJ representa um espaço de expressão dessa enorme diversidade.

    3. O SJ luta contra inúmeros problemas que atingem severamente os jornalistas, designadamente a degradação das condições de trabalho nas empresas (agravamento das várias formas de precariedade, desrespeito sistemático pelos seus direitos, a imposição abusiva da flexibilidade e da dedicação exclusiva, a discriminação salarial e exploração de mão-de-obra barata ou mesmo gratuita, entre outros); os obstáculos e mesmo oposição patronais à negociação colectiva; e a ofensiva do poder político contra direitos e garantias fundamentais (revisão do Estatuto do Jornalista com a anulação dos direitos de autor e a extinção do sistema de saúde dos jornalistas, por exemplo).

    4. Com a convocação, pela CGTP-In, de uma greve geral para o próximo dia 30 de Maio, é de esperar que muitos jornalistas pretendam juntar a sua voz ao protesto de outros trabalhadores, transmitindo igualmente o seu descontentamento pelos graves problemas que já sofrem na pele e partilham com muitas outras classes profissionais e a sua apreensão pela anunciada intenção do Governo de flexibilizar ainda mais as relações de trabalho.

    5. Por decisão da classe, o SJ é um sindicato independente das centrais sindicais, mas tem o dever de respeitar o direito dos jornalistas de agirem – individual ou colectivamente – de acordo com as suas convicções, bem como de criar condições para que cada um possa fazê-lo sem constrangimentos.

    6. Nesta conformidade, a Direcção, com o voto favorável do Conselho Geral, decidiu apresentar um pré-aviso de greve, por um período de 24 horas, para o próximo dia 30 de Maio, de forma a permitir a cada Redacção e a cada jornalista encontrarem o modo de expressar o seu apoio à jornada de luta.