
“Como é do conhecimento geral, uma banda de pop-rock que apenas faz “covers” e uma formação de jazz que se fica pelos “standards” são, geralmente, mal vistos por quem entende que a criatividade musical passa necessariamente pela composição. As coisas não são, porém, assim tão lineares. Em “Melody Mountain” a Susanna and the Magical Orchestra, nome que os noruegueses Morten Qvenild, teclista e fundador do grupo de pop-jazz (!!!!) Jaga Jazzist e Susanna Karolina Wallumrød.
Canções de Leonard Cohen, Bob Dylan, Prince, Scott Walker, Sandy Denny, Joy Division, Kiss, AC / DC e Depeche Mode são “trituradas” de tal modo neste álbum que mais parecem novas canções.
Um dos processos de trabalho da parceria é atrasar os tempos de cada tema e dar boa dose de melancolia, mesmo que o original nada tenha que ver com esse estado de espírito.
A este nível, se pensavam que Jeff Buckley já tinha assinado a interpretação mais pungente que é possível fazer de “Hallelujah” (Cohen), mudem de ideias, pois Susanna ainda a torna mais triste e sentida. Outro procedimento adoptado é dar a uma canção um contexto totalmente distinto daquele em que foi concebida, e designadamente em termos de instrumentação e de arranjo. Assim, em “It’s a Long Way to the Top” (AC/DC) o acompanhamento da voz faz-se com um cravo e não propriamente com guitarras eléctricas. Curioso e a merecer toda a atenção.” (www.ananana.pt)
PS- Um boa sugestão para o Outono. Destaque para as deliciosas interpretações das músicas dos Depeche Mode e L. Choen. Um disco lento, arrastado, introspectivo, mas… luminoso no resultado final.
Ahahahahahah!!!LOL!!!!
Caro sócio:
Nunca gostei dos Kiss ( na minha opinião palhaçada americana, permita-me a critica), mas faço uma vénia aos AC-DC. Apesar de australianos, marcaram a música rock ocidental. Tiveram o seu mérito. Hoje resumem-se ao passado, todavia, fizeram parte de uma fase da minha vida.
No entanto, caro amigo, não devemos criticar nada sem conhecer, mas penso que não vais gostar, tendo em conta o teu estilo musical (perdoa-me se estiver errado). Mas o giro, deste disco, é ouvir versões de músicas originalmente “aceleradas” e algo robustas, transformadas num ritmo quase parado, sonolento, com muita espiritualidade. Serve para uma noite de inverno, com um bom livro e um bom copo. Gostei! Quase todo o tipo de música tem espaço nas minhas escolhas, tudo depende do “momento”.
Abraço amigo!