Faz hoje três anos que os senhores Bush, Blair e Aznar se reuniram nas Lajes. Com Durão Barroso a servir os cafés, decidiram lançar um ultimato a Saddam Hussein e avançar para a guerra. Os resultados estão à vista: o Iraque está ingovernável e desperdiçaram-se recursos necessários para pôr cobro à eventual ameaça iraniana.
É preciso analisar este caso duma forma fria e objectiva. Foi um exemplo acabado de 'realpolitik'. E Durão Barroso fez o que tinha de ser feito, não poderia ficar contra os EUA, Bush disse-o 'ou estão connosco ou estão contra', e neste momento da História um país como Portugal não se pode dar ao luxo de estar contra única super-potência. É esta é a realidade. Nos anos de Kissinger actos destes eram seguidos e sem dar nenhum tipo de explicação, (bush ainda se deu ao trabalho de arranjar uma desculpa), lembremos-nos de Allende/Pinochet, Nicarágua e tantos outros, mas em especial um que nos diz respeito, o caso de Timor e Indonesia. Talvez se Portugal tivesse um 1º Ministro com a capacidade diplomática de Durão, talvez Timor não tinha sido invadido...