sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Liberdade de expressão
O nosso Presidente da República deslocou-se ontem a Nelas, pequeno concelho português bem distante das embaixadas nórdicas de Beirute e sem qualquer semelhança com os bairros mais explosivos de Ramalah. O nosso Presidente da República, para se deslocar a Nelas, precisou, segundo relatos da imprensa, de "medidas de segurança nunca vistas na região", um "intenso dispositivo de segurança" montado pela GNR e de um reforço das brigadas anti-motim, que partiram de Lisboa para patrulhar os caminhos da serra, provavelmente com medo de alguma "intifada" em Canas de Senhorim.
De Sampaio ninguém espera grande coisa, é verdade. Há muito que o nosso Presidente optou por se transformar numa espécie de caixa de ressonância ampliando preocupações, desejos, lançando alertas, propalando por todo o lado o óbvio e aplicando sempre uma única máxima: se é socialista o melhor é ficar calado.
Esta deslocação a Nelas, para cumprir uma promessa, mergulhada neste tipo de cuidados fica bem no final do mandato de Jorge Sampaio. O presidente que sem nunca ter feito nada, já precisa de viajar em Portugal como um clandestino.
 
Postado por nuno mendes em 2/10/2006 |


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