Hoje, o editorial do Diário Insular (disponível na net apenas para assinantes) é dedicado a endeusar a nova postura do líder do PSD/Açores e os novos tempos de oposição que se vivem nos Açores. Outra parte destina-se a saudar a nova postura dos sociais democratas no parlamento e a abundante produção de textos no plenário (leia-se, resumos das intervenções feitas em plenário e enviadas para os jornais).
Eu discordo do editorial do Diário Insular e receio que tenha sido escrito apenas tendo em conta a naturalidade geográfica dos novos (alguns velhos) dirigentes social democratas. Aliás, o editorial foi publicado hoje e já estava desactualizado. Basta ver que estes novos tempos de oposição social democrata começaram com uma das sessões plenárias mais curtas de sempre, feita em ritmo ligeiro e de pura berraria, apostada agora em juntar governo, PS e jornalistas, todos dentro do mesmo saco como responsáveis pelo alegado défice democrático que se vive na região.
O PSD/Açores, que criou o Gabinete de Informação dos Açores quando estava no governo(uma boa ideia diga-se), é agora contra o Gabinete de Apoio à Comunicação Social porque esse mesmo gabinete emite propaganda do governo regional. Calculo que o PSD voltará a concordar com a existência do GACS quando voltar ao governo.
Um resumo dos dois dias de plenário:
- endividamento regional. O PSD é contra o endividamento das sociedades anónimas do governo mas altamente favorável ao endividamento contraído pelas autarquias açorianas.
Depois, o plenário acabou e os sociais democratas deixaram o governo ir embora. Em silêncio sobre a nomeação de Carlos Martins para subdirector da cultura, sobre a falta de respostas no caso do CP Valour, os problemas da quota leiteira, etc. Não faltam temas, falta é oposição.