Paulino Pavão recusou deixar partir Luciano Melo. Com uma equipa careira para os cofres, com o abono do governo (que permite ordenados até meio da época) prestes a terminar Luciano Melo pretendia tomar o rumo dos ratos. Saltar borda fora antes que a nau afunde de vez.
O presidente santaclarense (eleito democraticamente pelos sócios, também eles responsáveis pelo triste estado das coisas) avisou ainda a equipa técnica que os próximos resultados serão essenciais para a sua continuidade. Este Santa Clara é uma comédia e um bom retrato do futebol artístico nacional. Todos sabem onde está o iceberg e quando será a colisão, mas ninguém manda mudar de rumo. Neste caso, olha-se para a ponte e o comandante está amarrado ao leme para não fugir.