09 outubro, 2006 22:38, Luísa Silva
Nesta perspectiva como em muitas outras perspectivas (que, ao que se lê, os poucos comentários feitos querem aqui levantar), Portugal é infelizmente um país pequeno e por isso, um Portugal dos pequeninos.
Não me refiro à dimensão geográfica, evidentemente,mas, à pequenez na mentalidade e na acção.
Veja-se agora, nos casos apontados - porque é destes que falo no post - a averiguação ordenada em conjunto pelos Ministérios da Administração Interna e da Justiça à actuação da PSP e PJ no assalto e sequestro de Setúbal. Isto, porque as relações menos consistentes entre as duas forças vieram ao de cima, quando a PSP não avisou a PJ de um crime que é da sua alçada. Porquê? Para bem dos reféns? Esquecimento?
Convenhamos, só nos fica mal. Nem a polícia se entende, como é que há-de atender aos cidadãos?
É pequeno, quando o Sindicato de Polícias acusa a própria Direcção Nacional da PSP de aplicar um despacho que acaba com as dispensas atribuídas aos trabalhadores-estudantes na véspera e no dia de exames. Situação que afinal é desmentida pela PSP.
Em que ficamos?
Ninguém discorda quando se defende que quanto melhor instruídas estiverem as autoridades menor o risco de irresponsabilidades e fatalidades (sim, porque é mais do que irresponsável matar alguém "por desconhecimento de manuseamento de armas em persiguição"). Falamos de pessoas e não de devaneios pseudo-semânticos.
No geral, infelizmente, para muitos portugueses e portuguesas, Portugal continuará a ser o Portugal dos pequeninos enquanto não começar a pensar em grande. E pensar em grande não é testar modelos mais que testados, não é mandar fazer estudos, por tudo e por nada, para validar esta ou aquela solução que vai adiando a sua chegada.
Pensar em grande é pensar na Educação. É por falta dela que situações como as dos últimos dias têm vindo a acontecer, sem que se reconheçam polícias, nem bandidos num quotidiano de bang bang em miniatura.
09 outubro, 2006 23:35, jocaferro
Puxa!
Estou mais aliviado.
Estava mesmo a ver que antes do fim ainda iria ver confirmada que "pensar em grande" era votar no Marques Mendes. Ganda Nóia...
Alguma razão tem a Luísa Silva.
Mas, acreditar que é por falta de treino de tiro "em movimento" é demais!
Quem engolir uma patranha destas acredita no Pai Natal.
Depois a conclusão. Que disparate!
A Educação tudo resolve. Um exemplo, apenas um, de um país com uma educação exemplar, em que cenas destas não aconteçam. Basta um.
Eu sei quem é o culpado dos tiros que mataram estes jovens. É o Governo. Até digo mais, é o Sócrates. Existem milhões de testemunhas que o viram no local do crime!
Não tem como escapar da Justiça...
Depois, é preciso ter cuidado com o que se escreve. Quando se diz "que nem a autoridade escapa", toda a gente fica, automaticamente, incluída. Eu, pessoalmente, não me revejo no seu post. Claro que cada um tem a opinião que quer de si próprio.
Ouve, mano. Tu é que tens que ter cuidado. Foste logo escolher o Sócrates?
Ouve, continuo na Alemanha, por causa da cena da jornalista. Só Quarta é que vou para Moscovo e só lá para Sexta é que estarei na Sibéria. Estou na Universidade, qualquer coisa telefona. Já sabes que tens lá um quarto sempre à disposiçao.
Pira-te daí, man. Amanha tens a secreta à porta.
Ouve, só n]ao consigo ter os til como podes ver. Depois falo contigo, agora vou tratar da pseudo-sem}antica (ah! também nao faz os circunflexos...).
A última vez que ouvi falar de pseudo-semantica, foi em 2004. Foi no blog buga.tipos.com e dizia isto:
-"É uma parada que meio que rola um lance maneiro, uma parada da hora, um esquema ponta-firme. Só sei que pelo que pude entender, tudo que as coisas não parecem ser elas realmente não são.
Mas aí podemos citar o honolável mestre chinês da pseudo-semântica, mais conhecido como tchi-ziu, nascido nas terras de Phu-bah e guru do clã de Pu-dhim: “Nunca é tarde para sair mais cedo”."
????
Tirem-me deste filme que estou a ficar maluco!
Mano, até amanh]a. Obrigado pelo convite.
Cumprimentos para toda a malta deste blog. Principalmente para a Luísa Silva que est]ao a tratar t]ao mal. N]ao se faz.
Um grande abraço para o Rui Goulart. Temos um amigo em comum que trabalha na Rádio e que estudou comigo. Depois ele diz quem eu sou, OK?
(segredo...)
10 outubro, 2006 15:16, Luísa Silva
Sinceramente, não percebo ou não quero perceber, o porquê de tanto brado por causa de um post que tem a única e exclusiva intenção de manifestar preocupação para com uma situação que está a acontecer no seu país e que a continuar desta forma – a fazer a abertura dos telejornais, como aconteceu nos últimos dias – ainda acabará por ter comparação possível ao Brasil, onde os noticiários abrem e fecham com alusões a tiroteios e sequestros, a cada meia hora.
É uma questão de Educação não querer que os nossos filhos sejam educados a assistirem ao vivo e em directo, impávidos, como se tratassem de banalidades, a realidades que devem ser motivo de preocupação de todos e assinaladas sempre que aconteçam.
Quem discorda disto está no seu direito. Como também estou no meu direito de dizer o que penso onde e quando quero dizê-lo.
Por uma questão de Educação, não vou alargar este comentário a outras perspectivas que aqui foram abordadas. Até porque, por uma questão de Educação não costumo derivar para ataques pessoais as opiniões das pessoas que não conheço e que como tal, não posso nem devo julgar.
Irresponsabilidade é um post com este conteúdo; quanto à mediocridade é transversal a todas as actividades, inclusivé o jornalismo
saudações