Durante dois anos esteve ao lado de Costa Neves. Não teve influência para mudar a política e a atitude do partido?
Os processos de afastamento não são instantâneos. São graduais. Tive ocasião de expressar as minhas opiniões nos orgãos próprios do partido e reflectir com os meus companheiros. Mas o PSD tem líder e é recandidato à liderança nestas directas. Nessa medida é a ele que compete traçar a orientação geral do PSD. E lamento dizê-lo: a minha opção não fez vencimento. Acho que o PSD perdeu com isso, como também perdeu em não ter ‘antenas’ na sociedade civil, para auscultar permanentemente os açorianos. Os partidos que não ouvem a sociedade, cristalizam-se dentro de si próprios. E o PSD abriu-se pouco à sociedade civil.
Os processos de afastamento não são instantâneos. São graduais. Tive ocasião de expressar as minhas opiniões nos orgãos próprios do partido e reflectir com os meus companheiros. Mas o PSD tem líder e é recandidato à liderança nestas directas. Nessa medida é a ele que compete traçar a orientação geral do PSD. E lamento dizê-lo: a minha opção não fez vencimento. Acho que o PSD perdeu com isso, como também perdeu em não ter ‘antenas’ na sociedade civil, para auscultar permanentemente os açorianos. Os partidos que não ouvem a sociedade, cristalizam-se dentro de si próprios. E o PSD abriu-se pouco à sociedade civil.
Pedro Gomes, Açoriano Oriental, 25/10
Esta entrevista já foi amplamente comentada, de uma forma particularmente lúcida aqui e aqui. Extraordinário é que Pedro Gomes continue a ser um dos vice-presidentes da bancada do PSD/Açores na ARLAA e a falar em nome de uma estratégia que, segundo o próprio, faz o PSD perder e cristalizar-se. Ou será que a generalidade dos deputados se revê nas declarações?
Voçes bem tentam, coitados...