Depois de ver este post fiquei deveras preocupada. É que no passado fim de semana cheguei a casa depois das 6H... ou eram 5h59?... hum... não sei! Será que tenho algum problema de integração social?? Há algum limite estipulado para que eu ainda possa ser considerada bem integrada na minha sociedade?? É com cada uma!
11 janeiro, 2007 00:35, Unknown
Custa-me sinceramente, ler coisas do género.
É que estamos a falar dum estudioso da sociedade, duma pessoa que tem por função, estudar os comportamentos do ser humano, vivendo em sociedade a agindo como parte dela.
Ouvir ou ler opinião semelhante dum leigo na matéria, seria aceitável, agora, ouvir ou ler tal coisa (não como opinião, mas como facto) de um sociólogo, autor de vários livros (que nunca li por ter receio deste tipo de "factos") que é também um prolixo arauto de todo o género de estatísticas ligadas à ciência da sociologia, é no mínimo triste.
Esta opinião, tão fatalista e negra dos hereges que estão até a horas "impróprias" em "antros de perdição" só me faz lembrar o discurso da igreja católica (e talvez não só): um discurso há muito ultrapassado e que demonstra por si só que não consegue acompanhar a evolução dos tempos e da própria sociedade.
Bom, pelo menos, para a próxima já sei. Se for a uma discoteca até a essas horas "impróprias", ao menos tenho argumentos suficientes para logo a seguir causar "desacatos". Quando a PSP vier ter comigo, alego em minha defesa que o Dr. Alberto Peixoto diz que quem está até a essas horas em "antros de perdição", acaba por fazer merda...
11 janeiro, 2007 09:02, Francisco Costa
Ora aí está uma teoria que eu desconhecia, afinal parece que o facto de uma pessoa não estar devidamente integrada na sociedade tem a ver com as horas a que chega a casa. Pelos vistos poderia concluir que o porteiro da discoteca, o barman e o DJ que possivelmente também chegam a casa depois das 6 da manhã não estão devidamente integrados na sociedade.
Não esquecer como funciona a nossa comunicação social antes de apedrejar o homem em praça pública. De repente o sociólogo disse uma coisa num determinado contexto, falando talvez de um específico grupo social, e o jornal retirou apenas o que lhe interessou (o que causa mais polémica).
Não havia de ser a primeira vez, e de certeza não há-de ser a última.
Já que os jornais de extrema-esquerda desta terra recusam-se a publicar este artigo, aqui vai:
Incompetência, ignorância, complacência ou algo mais?
É a questão que coloco às autoridades (in)competentes na matéria de fiscalizar e fazer cumprir a Lei Geral do Ruído, três anos após as primeiras queixas referentes ao funcionamento do estabelecimento denominado «Café com Letras», sito à Rua Diário dos Açores.
Altifalantes, sirenes, Karaoke e música ao vivo de terça a domingo, inclusive, por parte do estabelecimento em questão - iniciando-se a actividade por volta das 23h00 e cessando muitas vezes para lá das 6h00 - são um verdadeiro atentado ao sossego e à tranquilidade pública de quem habita nas suas imediações. Não só a intensidade da música ali produzida é altamente ruidosa, como por outro lado os desacatos constantes provocados pelos frequentadores do «Café com Letras», todas as noites e todas as tardes de Domingo, em plena rua, bem como a circulação e estacionamento das suas viaturas numa rua fechada ao trânsito, são outro foco de poluição sonora em plena zona histórica de Ponta Delgada.
Enquadrando-se o tipo de ruído nas competências atribuídas pelo regulamento geral sobre o Ruído, ao Poder Local, é de lamentar a inqualificável inércia por parte de Câmara Municipal de Ponta Delgada que não tendo tomado qualquer medida, pelo menos na prática, de modo a dar seguimento às reclamações dos moradores lesados por esta situação há já três anos, deixa transparecer claramente uma condescendência pouco abonatória de quem tem responsabilidades na fiscalização do cumprimento dos requisitos legalmente fixados ao exercício deste tipo de actividades.
E o que dizer da postura da Polícia de Segurança Pública quando chamada a cessar a fonte de ruído perturbativo?
“Eles têm licença...O máximo que podemos fazer é pedir o favor para baixarem um pouco a música...”
Das duas uma: Os próprios agentes da autoridade são desconhecedores das leis, logo demonstram ignorância, ou então a utilização deste tipo de argumentos poderá ser entendida como uma tentativa de passar «Atestados de Imbecilidade» de forma a edificar favores a alguém.
Face ao exposto, termino da mesma forma que iniciei: Incompetência, ignorância, complacência ou algo mais?
11 janeiro, 2007 14:46, jocaferro
Eu também não acredito que tudo o se escreve nos OC's se enquadre no contexto que os personagens envolvidos pretendiam manifestar.
Contudo, após intervenções deste senhor na RTP-A para justificar alguma polémica acerca dos dados que coligiu e escreveu posteriormente, dou por mim, porque não me convenceu absolutamente nada, a acreditar nas palavras aqui transcritas.
11 janeiro, 2007 15:07, jocaferro
Quanto ao ruído, que tal o palco das Tunas na Calheta. Funciona todos os dias das 2 às 7 ou 8. São violas, chocalhos, ferrinhos e bombos com acompanhamento vocal tipo cabra esganiçada, nem sempre afinadas. Em suma um grande festival.
Quando é mesmo excessivo e alguém telefona para a PSP a desculpa é sempre a mesma - "eles tem licença"...
Pago umas bejecas a quem indicar uma fonte de ruído junto às moradias dalguém que faça parte do elenco camarário, ou da polícia.
É do tipo de empregados que varrem o lixo para debaixo do tapete. E fazem-no à descarada.
Só para esclarecer que, se realmente o sentido da notícia for o que Alberto Peixoto quis passar, acho também que é reprovável. Até porque, pela lógica dele, eu a esta hora já deveria estar na cadeia...
Apenas quis realçar o papel dos OCS no lançamento de "polémicas" como esta. Aliás, como sabemos, muitas polémicas nem o são até os OCS assim as descreverem...
Eu até acho que deveriam abrir até mais tarde é que enquanto por lá estam alguns, as mulheres em casa livram-se de levar porrada e serem agredidas, fazendo assim com que o seu bébe se desenvolva dentro do utero de forma mais saudável, e sem estarem em risco de fazer um aborto por métodos companheirescos. Será por isso que alguém é a favor da lei do Aborto?
Fiquei muito surpreendido pelo elevado número de comentários que este post recebeu, sobretudo porque se trata de uma opinião emitida por alguém que merece toda a credibilidade atendendo ao trabalho realizado.
Logo, é preciso entender o contexto das declarações que lhe são atríbuidas.
Em primeiro lugar parece-me lógico quanto mais tarde, maior será a probabilidade para a ocorrência de problemas em locais de diversões nocturna, sobretudo porque muitos dos factos qualificados como crime praticados nesses locais estão relacionados com ofensas à integridade física, crimes contra a liberdade pessoal e crimes contra a honra.
Esses actos estão relacionados com motivos passionais e também com algum mal entendido que possa ser despontado com a ajuda de um copo a mais.
Portanto se as discotecas fecharem mais cedo existe uma menor probabilidade de existir problemas.
Julgo que a opinião emitida pelo sociólogo Alberto Peixoto é neste sentido.
Agora, logicamente que as discotecas procuram estar abertas o máximo de tempo possível, para aumentarem as suas receitas. Os utilizadores ficam com o poder de escolha. E a Polícia com a missão de identificar os autores dos delitos criminais, enquanto o Tribunal julga os factos.
O segundo ponto está relacionado com a ligação das pessoas à sociedade poderá ser entendido de uma forma simples. Uma pessoa devidamente inserida na sociedade, neste contexto, não é um índividuo com um elevado número de amigos ou conhecidos. Mas, antes um pessoa que para além do seu trabalho mantém uma participação activa numa área cultural, desportiva ou outra do meio onde vive.
Atenciosamente
PS: É muito raro participar em blogues, mas considero útil a troca de ideias e opiniões neste espaços de conversação.
Cumprimentos a todos os participantes deste blog.
Eu até entendo a parte das discotecas fecharem mais cedo. a razão do senhor. E a razão das discotecas em não fecharem.
Agora dizer que as pessoas que ficam até às seis da manhã são assim e assado e as que não ficam é porque são melhores?? porque têm uma actividade cultural/desportiva ou outra? Por favor! Isso não cabe em lugar nenhum. é uma questão falsa e, precisamente, grave, porque vinda de quem vem! eu nem sempre mas às vezes frequento discotecas até às 5 e às 6 da manhã. Tenho 32 anos. Isso faz de mim, o quê? Um deliquente? Uma pessoa com propensão para praticar actos criminais? Isto é a maior tolice que eu já ouvi nos ultimos dias.
Boca Santa!! A sociologia nesta terra é uma caricatura de ciência, pura ideologia retrógrada, um atentado à inteligência académica!