domingo, junho 04, 2006
Espirito Santo.....as Festas dos Açores
“(…) Ninguém tem dúvidas: os impérios do Divino Espírito Santo constituem as mais populares festas dos açorianos, que as transportaram na sua alma, no seu imaginário e nas suas vivências culturais para onde foram.
(…) a devoção ao Divino Espírito Santo está envolta numa grande complexidade religiosa, teológica, etnográfica e sociológica a que não se dedicou ainda uma séria e apurada investigação científica que, como tal, merece (…)
Se os jornalistas dedicassem maior atenção aos impérios, descrevendo-os em pormenor, efectuando belíssimas reportagens prestariam um óptimo serviço aos leitores e à historia destas ilhas.
Será que a criação de um prémio pode contribuir para isso?
Há, portando, um enorme manancial de reflexão que compete sobretudo à Universidade, à Igreja e às instituições culturais públicas e privadas, desenvolver, antes que ser percam as memórias e rituais que a insularidade construiu e alimentou. (…).”

José Gabriel Ávila (jornalista) in Diário dos Açores, 4 de Junho, pag, 5


“A razão de ser de qualquer fé é trazer-nos uma certeza”
( André Maurois)
 
Postado por Rui Goulart em 6/04/2006 |


3 Comments:


  • 04 junho, 2006 14:50, Anonymous Anónimo

    Bem haja J. Gabriel!!!. Um conhecedor das nossas raizes!

    Como eu entendo.... nasci numa freguesia onde o E. Santo é a maior referencia do ano. Uma manifestação com enorme tradição religiosa e cultural.

     
  • 04 junho, 2006 17:38, Blogger JAJ

    Rui hoje temos a "mudança da coroa", como sempre bom queijo e bom vinho para os irmaos. O tempo é que não está a ajudar à festa.

     
  • 04 junho, 2006 22:58, Blogger Pedro Lopes

    Os jornalistas, por chegarem a muita gente, têm a obrigação de despertar consiências e chamar a atenção para os aspectos a preservar e valorizar na nossa cultura.
    Claro que não têm tempo nem formação para uma pesquisa etnográfica mais aprofundada, do tipo trabalho de campo, competirá mais ao antropólogoos, sociologos e psicologos sociais por ex., mas falar com quem sabe, recolher testemunhos e divulgar estas manifestações culturais, já será, talvez, uma obrigação.
    Felicito o José Gabriel Ávila por sentir essa obrigação de despertar concências e chamar a tenção para um manifestação cultural tão nossa, tão enraizada, que a transportamos e preservamos em todo o lado onde nos fomos fixando.

    Um abraço sincero ao autor da noticia e a quem a transportou para este Blog demonstrando, assim, dar-lhe a importância que merece.