Anda meio mundo surpreendido com o que aconteceu em Angra do Heroísmo, como se ainda fosse possível ficar surpreendido com o que vai acontecendo nos corredores dos hospitais. Invariavelmente (e muito mais vezes do que aquelas que os responsáveis políticos pensam) chegam aos jornais ecos de médicos que se recusam a deslocar às urgências quando estão de prevenção. Vários que "observam" os doentes por telefone ou que se limitam a fazer umas perguntas à enfermeira. Infelizmente, a maioria recusa prestar declarações ou avançar com queixas por entenderem que mais cedo ou mais tarde vão acabar por precisar de ir ao Hospital e receiam sofrer represálias. Ou seja, um atendimento ainda pior.