O que está em causa na Air Luxor/HiFly é saber se o Estado tem o direito de subverter as regras que ele próprio criou para desviar um serviço de um concorrente para outro. O que o Estado português fez foi batota: ou seja, elaborou um concurso, idealizou as regras e depois, pela calada, impediu que um concorrente apresentasse uma proposta vencedora de forma a poder escolher o candidato vencedor. É este o centro do assunto e não vir agora dizer que empresa isto e aquilo.
Aliás, julgo que basta 50 por cento de indemnização pedida pela Air Luxor (que fez investimentos a contar com o concurso açoriano) para resolver boa parte dos seus problemas financeiros.
Para mim tanto me faz que seja a Sata, a Air Luxor, a TAP, a Portugália ou outra qualquer a voar para os Açores. Desde que cumpra as regras impostas pelo serviço público.
Vocês, e o André em especial por ter responsabilidades partidárias, defende a transparência turva. Eu defendo a transparência transparente.
Mas assim, já se vão percebendo melhor os sucessivos concursos e os dramas que, por norma, lhes surgem associados. É o que dá insistir em querer ter uma democracia transparente com regras turvas.
Caro senhor manuel reis,
explicar-lhe que o Estado não pode fazer concursos, determinar as regras e depois violá-las como muito bem lhe apetece é, pelos vistos, um esforço que está para lá da minha capacidade de pato bravo. Mas, pelos vistos, também deve estar para lá da sua inteligência de cagarro...