10 março, 2006 18:02, Andre Bradford
Caro Nuno, como sei que gostas particularmente deste assunto e porque me lembro da cobertura jornalística que então foi feita sobre ele, não te deixo sem resposta. E nem é preciso o Não M'Acredito porque as minhas posições são as mesmas.
1º A Air Luxor - agora Hifly ( e olha que a mudança de nome não tem nada a ver com a internacionalização da marca, mas antes com... é só procurar saber) - apresentou as suas razões em Tribunal. Perdeu noutras instâncias e ganhou agora na instância máxima. Isto são factos.
2º A minha opinião sobre a matéria sempre foi que o serviço de transporte aéreo de passageiros é fundamental para uma Região como a nossa, marcada por uma profunda descontinuidade territorial e por uma reduzidíssima escala de mercado.
3º Sendo assim, as obrigações de serviço público são um garante indispensável para a mobilidade dos açorianos, de todas as ilhas, em todas as circunstâncias.
4º Este entendimento a Air Luxor não tem, nem nunca terá. É uma empresa mercenária, que entra e sai dos mercados conforme o cash-flow, que se estende da Jordânia ao Paquistão, passando por alguns paraísos fiscais, com uma lógica charter levada ao extremo.
5º Por isso, sempre advoguei que seria óptimo a Air Luxor estragar a sua eficácia, competência e capacidade noutro mercado qualquer.
6º Esta minha opinião nada tem a ver com os factos que estão na base da decisão do Supremo Tribunal Administrativo. É a minha opinião, a opinião de alguém que sabe que o mercado aberto, puro e duro, é uma faca de dois gumes em certos sectores e em certos contextos, e que não sente náuseas cada vez que ouve a palavra "Estado".
Abraços
Caro manuel reis,
A Hifly não fez nada à Madeira. Saiu do mercado e não me parece que a região tenha sofrido muito com isso ou será que a Madeira está sem ligaçõpes aéreas e ainda ninguém deu por nada?
Aliás, quem ficou a ganhar foram a Sata e a Tap que ficaram com um mercado maior.