Lendo o "Diário Insular" de hoje, fica a perceber-se a pontinha de inveja por causa do crescimento turístico de S. Miguel (25 por cento) por oposição ao da Terceira (1,8 por cento). A solução, como não podia deixar de ser, aponta para a reivindicação de decretos: ou muito me engano ainda vamos ver alguém exigir que o governo obrigue os turistas a visitar a Terceira. Ou os aviões a prolongarem as deslocações para Ponta Delgada até às Lajes.
Assim de repente (ao jeito de um requerimento da oposição) lembro-me de vários factores que justificam estas diferenças (desculpem lá o tamanho):
S. Miguel (pacote sete dias)
Primeiro Dia: Sete Cidades/Ponta Delgada
Segundo Dia: Lagoa do Fogo/Lagoa/Ribeira Grande
Terceiro Dia: Furnas
Quarto Dia: Nordeste/Povoação
Quinto Dia: Ponta Delgada
Sexto dia: Whale Watching/Passeio a pé, etc.
Terceira (pacote sete dias)
Primeiro dia: Angra do Heroísmo
Segundo dia: Praia da Vitória/resto da ilha
Terceiro dia: ?
Quarto dia: ?
Quinto dia: ?
Sexto dia:?
(o sétimo dia de ambas é gasto com viagens)

O problema da Terceira, assim como das outras ilhas mais pequenas, é que o turismo não pode ser fomentado por simples decreto. Angra do Heroísmo e a Praia da Vitória (por causa do espírito tacanho dos seus políticos) nunca deram um passo conjunto na sua promoção. Andaram, durante os últimos anos, embrenhados em fazer política uma contra a outra sempre balizados na velha máxima de que o que é bom eles é mau para mim. Estes números são mais culpa dos próprios terceirenses do que dos outros. Qualquer dia, ainda vamos ouvir defenderem que S. Miguel tem de pedir desculpa por ser maior do que os outros.